quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Recife – 05/09/2010 {Ás: 03:43}


A cidade não para

As ruas estão movimentadas

Carros vêm, outros vão

Pessoas caminham na calçada

Eu aki na janela desse quarto andar

E já são quase duas da manhã...


A cidade continua agitada

Parece que é apenas o inicio de uma noite

Ébrios gritam canções de amor

Enamorados se abrigam no mínimo intervalo de paredes

Fugindo de olhares indiscretos

Que flagram um instante de amor fugaz

Pessoas se entorpecem

Buscando uma forma rapida de fugir

E já são quase três da manhã...


Ainda existem pessoas nas calçadas

Não mais aquelas que passavam

Com toda pressa da volta pra casa

Ainda existem pessoas nas calçadas

Agora são aquelas que vivem na noite

Que vivem numa vida boemia

Ainda existem pessoas nas calçadas

E já são quase quatro da manhã...


Os carros ainda percorrem as ruas

Agora em menor quantidade

A rua já não está tão movimentada

Pelos amantes da noite

Estes já estão caidos pelos cantos

Ou entregues ao primeiro ponto

Ponto de acolhimento, de compreensão

O primeiro bar a ser encontrado

Que e justamente o que acolhe

E entregues ao primeiro realizar de desejo

Que a vida os oferecer

Todo aquele clima melancolico

Dá lugar a uma outra agitação

Uma agitação sem graça

Do dia-a-dia

Pois já são quase cinco da manhã...


E uma noite se passou

E eu dessa janela a observar

A ver a vida passar

Nem me dando conta do fato

De que ao mesmo tempo

Que passa a vida dos outros

A minha também está a passar

E já são quase seis da manhã...

Um comentário:

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