sábado, 13 de setembro de 2014

13/09/2014 {23:32}

O mormaço não alimenta
O não quente ou frio não faz diferença
O que realmente importa 
É aquilo que meche com a gente
Até porque 
O meio termo é chato
Não emociona
Não ferve o sangue
Não estremesse a alma

O mormaço enfim
Não é nada
Não modifica em nada
Apenas incomoda de um jeito estranho

E nesse chove e não molha
Nesse vai mas não vai
Nessa ida sem vinda
Nesse jogo sem ganhador ou perdedor
Apenas sentindo esse mormaço 
Mormaço que não alimenta
Amor que não constrói
Relação que não se sustenta
Sentimento que corrói

E nisso que chamo de sentir
Se não passar de mormaço
De nada vale a pena
Ou é fogo abrasador
Que destrói e de ti 
Rouba todas as forçar
Ou é gelo 
Que petrifica
E torna um ser humano
Duro, gélido, EU

Num mormaço que nada modifica
Onde não é nem 8, nem 80
Ou é 8 ou 80
Onde sou mulher de extremos
Onde sou vulcão ou rocha
Ou apenas eu
Em um lugar 
Que o mormaço de nada alimenta...

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

26/08/2014 {07:16}

Chegou...

E sem querer
Já me ajudou a organizar a bagunça 
Da vida e do coração
Não fez nada demais
Não fez nada a mais
Só me fez sentir
Que aquele mundo em que eu vivia
Não trazia felicidade
Chegou...
E eu já organizei alguns pensamentos
E mesmo que se vá embora
Já fez um bem enorme pra mim...

terça-feira, 26 de agosto de 2014

26/08/2014 {01:24}

Estou a procura da felicidade
Acredito que ela seja a coisa que motiva o levantar a cada dia
É uma busca constante
Indefinível, 
Apenas representada pela busca de paz e tranquilidade
E por isso estou me afastando de problemas
Das coisas que me atrasam
Que não me fazem bem
Quero apenas a delícia da boa risada de um amigo
Das tarde de conversa jogada fora
Do beijo de quem se quer bem
De uma boa farra, 
De gente da gente cercando todos os lados
Hoje só desejo a maravilha 
De ter pessoas que amo ao meu redor
Pessoas que fazem questão de estar
Participando dessa minha busca constante pela felicidade
Essas que são a minha própria felicidade

Estou me afastando dessas coisas que me sufocam a alma
Que me tiram o riso,
Que me cobrem de lágrimas
Se quiser ficar, seja muito bem vindo
Se quiser ir, cansei de implorar

Quero ao meu lado pessoas que gostem de ficar
Pois garanto que farei o que estiver ao meu alcance
E até mais, 
Pra que essa permanência valha a pena
Mas não quero mais ter que implorar pra que fique
Algumas coisas chegam a serem cansativas
Alguma pessoas chegam a se fazer enjoar
Algumas situações já não agradam mais

Já que desejas ir, que vá então
Já não faço mais tanta questão
Se não me põe riso nos lábios, não é amor
Chega a soar como obsessão
E só depois de tanto tempo pude perceber isso

Se não me traz paz
Alegria e satisfação
Não precisa nem você ir
Quem vai sou eu
Faço questão de tentar uma estrada sem volta
Mas que me faça avançar
No caminho da felicidade....

sexta-feira, 30 de maio de 2014

29/05/2014 {15:31}

E ouvi a seguinte conversa:
Mas eis que sou um poeta
E eu, que sou um viciado

E prestando atenção naquela valsa
De melodias e palavras
Vi dois grandes homens me confundindo em conceitos
- Ei cara, mas eu sou um poeta!
E no meio de doses de embriaguez:
- E eu que sou um viciado!?

Ah... Viciados e poetas
Quem há de entender os seus motivos
Correria pelas ruas da cidade
Para aquele que se vicia em palavras
Ou a angústia de luzes distorcidas 
Para aquele que escreve os seus vícios

E como não serem ambos
Poetas e viciados
Poetas e poetas
Viciados e viciados 

E assim viciados em poesia pagã
Poetas de uma droga abstrata
Viciados em sons, palavras e rimas
Poesia em forma de sensação
Seguida pelo dilatar da pupila
Pela substância tóxica
Que emana do próprio eu

Enxergar a vida em preto e branco
Ou por vezes em tons de cinza
Cores que em forma de poesia
Entram em transe, saem fora de si

Sejam loucos sucumbidos 
Por seu próprio universo
Entorpecidos pela surrealidade
Escondidos pela própria vida
Ou querendo gritar aos quatro ventos
Hora pedidos de socorro, hora de salvação

Sejam eles heróis ou criminosos
Cada um ao seu vício
Sua maneira poética de ser
Seja na fumaça de uma ideia
Seja no tragar de uma sensação
Seja no escrever de uma droga
Ou no versar debruçado sobre um copo de uísque
Meio cheio, meio vazio
Dando lugar à 
Heróis vazios de si mesmo
E criminosos cheios de algo mais...

quinta-feira, 8 de maio de 2014

08/05/2014 {02:25}

E uma lágrima rolou
Ao lembrar que a vida é só uma
E que essa única vida é tão frágil 
E que cada dia é menos um
E que a dor da perda
Pode ser vivida com mais antecedência 
Do que se imagina

E outra lágrima rolou
Ao imaginar a falta de tempo
De viver tudo o que há pra viver
E olhar para a imagem
Que o tempo vai levando
"Por descuido ou poesia"
Parafraseando o Chico
Que nada de poético
Há nessa dor

É mais descuido que poesia
É o próprio exagero
É o não admitir que vá embora
SOU EU NÃO ADMITIR
A minha impotencia diante da situação

E mais lágrimas rolaram
Pois elas são a única coisa que posso expressar
Já que minha boca foi calada
Por um pedido íntimo, mas injusto
Que preferia que fosse um pedido de socorro
E não um desabafo
Queria que aquelas nossas lágrimas
Fosse um modo de abrir os olhos
Em busca de uma salvação

E 11 dias de agonia
Onde em altos e baixos
Escondo do mundo essas lágrimas
Mas em nenhum desses dias
Deixei de pensar
Simples e triste
Solitária e vazia
Sentimentos e confusão...

08/05/2014 {01:59}

E ela era aquela menina
Que muito pouco sabia da vida
E menos ainda de como lidar com algumas situações
E ela era apenas aquela menina
Que um dia sonhava em ser feliz
Que escondia de todo mundo
Se dizia forte, destemida e desapegada
Mas que no fundo sonhava
Com o final feliz do conto do fadas
Sonhava com o princípe encantado
É claro que o princípe do jeito que ela sonhava
Com as músicas e o buquê
Com a cerimônia e a festa
E a casinha aconchegante
E os filhos depois
Aquele final feliz, sem por o ponto final
Era apenas uma menina
Que no seu corpo de mulher
Guardava um coração inocente
Uma alma limpa e boa
E afogava toda essa bondade 
Numa dose dupla de wisque barato
Afogava nessa dose
Todos esses sonhos
E afogava a própria menina
Corpo, alma, coração e sonhos...

quinta-feira, 10 de abril de 2014

10/04/2014 {03:50}

E entre um lance de flashs
De luzes que insistem num acende e apaga
Notei você olhando em minha direção
Posso até estar enganada
Mas vi você olhando pra mim
E simplesmente fechei os olhos
Pra esquecer toda essa distância que nos separa
E consegui só ouvir a tua voz
E todos os sons do mundo sumiram
Mas a tua voz era uma constante aos meus ouvidos
E quando minha concentração fora roubada
Por acasos e infortúnios
Foi só fechar os olhos
E dentro do barulho do mundo
Pude encontrar tua voz
E meu coração acelerou
Como faz a cada vez que que você surge
E de repente aquela música
Que ninguém era suficientemente capaz
De me causa tanta emoção
Quanto foi ouvir você cantar
Olhando pra mm
E na escuridão dessa distância entre nós
Pude te olhar, te ouvir e até te tocar
Mesmo que somente através da música que amo  
E você mesmo sabendo disso
Fez questão de apresentar...

segunda-feira, 24 de março de 2014

24/03/2014 {20:02}

Voltando da sua casa ontem
Reparei que eu tinha ficado por lá
Que algumas partes de mim
Ficaram esquecidas
E um dia terei que voltar pra buscar...

Voltando da sua casa ontem
Tentei entender o que aconteceu entre nós
Entender algo que não me era claro
Entender que estivemos sós
Que eu fui completamente sua
Mas que você nem chegou perto de ser meu...

Na realidade,
Talvez eu até entenda
Mas não queira aceitar

Voltando da sua casa ontem
Percebi que ainda tenho
Seu cheiro em meu corpo
Que desejo você colado a mim
Sonho percorrer teu corpo inteiro
Ainda quero você pra mim,
Pelo menos por uma noite...

Voltando da sua casa ontem
Percebi que ainda
Não sou capaz de te deixar ir
E mesmo aqui sozinha
Cheia de interrogações
Percebo que tenho que voltar lá
Pra buscar as partes de mim
Que ficaram esquecidas...

domingo, 23 de março de 2014

22/03/2014 {05:49}

Talvez esse jeito de você me olhar
Esse arrepio que você me da
Essa vontade de te ter
Seja meu jeito de querer
Admirar, desejar...
Querer você nesse momento
E assim me doar
Talvez por inteiro ou não
E o não me doar
Ser e não ser
Ter e não ter
Querer e não poder
E estar com você
Sendo cúmplice
Momento... Amigo... Amante... Você!!!
 
 
 
 
 
 
(Para ele e com ele)

quarta-feira, 19 de março de 2014

19/03/2014 {01:03}

E era uma bela casa
De estrutura deslumbrante
Tão bonita por fora
De olhos radiantes
Que feito o sol, 
Levava alegria a todos os lugares...

E a casa era tão bonita
E tão aconchegante
E tão segura
Que quando as pessoas
Necessitavam de um porto
Iam à sua procura...

Era a casa do sorriso
Que sabia divertir
Que sabia consolar
Que sabia acalmar
Que sabia acarinhar

Era aquele tipo de casa
Que acreditava ser indestrutível
Mas sempre ventilada
Arejada
Cabelos ao vento
O local de descanso

Parecia o lugar perfeito
Mas como casa
Havia um interior complicado
Com medos, dores, lágrimas
E talvez demonstrasse toda segurança
Para que ninguém pudesse de fato
Residir nela

Toda aquela estrutura de tijolo e cimento
Não protegia a se mesma
Nem acalmava, nem acarinhava,
Muito menos consolava
E era uma casa solitária
Mesmo no centro de uma metrópole

E sentia-se só
E sentia-se pó
E sentia-se nó

E por traz daqueles sorriso feliz
Haviam duas janelas tristes...

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

25/02/2014 {02:56}

É mais solidão
Do que dor
É mais carência 
Do que rancor
É maior o cansaço 
Que a mágoa 
É o sentir-se exausta
Diante de tanta coisa
Inclusive de procurar 
Em todos os lugares
Já certa de não encontrar...

É bem mais o misto de sentimentos
É mais a confusão de reações
É não identificar bem o que acontece
É o sentir-se perdida nesse mundo cão...

É o cansaço 
De se manter de pé
Forte, sem baixar a guarda
De enfrentar tudo de peito aberto
Seja por medo ou cuidado
Pelo fato de não conseguir acreditar
Mesmo querendo confiar
Sem querer mostrar a fragilidade
Da menina existente cá dentro

É a lágrima que quer rolar
Mas não encontra meio
Nesse mundo exigente
De força... De fé... De audácia...

25/02/2014 {02:27}

Coração vazio
Estranha sensação
De quem procura a cada esquina
Uma solução
Uma emoção
Ou até uma opinião...

Buraco no peito
Falta de alguma coisa
Falta de alguém
Nem que seja de mim mesma
Sensação de nada...

E isso é mais angustiante 
É o nada sentir
Nada assumir
E nada podendo ferir
Corre-se o risco 
De se deparar com a morte
E dela não temer
Simplesmente perecer...

Solidão
Coração vazio
Buraco no peito
O nada sentir
E me ponho aqui
Sem ao menos entender... 

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

21/02/2014 {01:48}

Tenho medo de te olhar
No fundo dos olhos
E terminar por me despir 
De todo orgulho
De toda lembrança
E também de toda sensatez...

Tenho medo de te tocar
E assim deixar cair por terra
Todas as barreiras
Toda a proteção
Todas as muralhas 
Construídas pra me afastar de você

Tenho medo de te beijar
E te sentindo assim tão próximo
Tão meu, tão eu
Me entregar em corpo, alma, coração

Morro de medo de ser tua
Mas tenho pavor, de nunca ser

E nesse misto de medo e graça
E nesse passo entre véus e cortinas
Posso olhar, tocar, beijar 
Riscos são os mesmos
Pra mim e pra você