A cidade não para
As ruas estão movimentadas
Carros vêm, outros vão
Pessoas caminham na calçada
Eu aki na janela desse quarto andar
E já são quase duas da manhã...
A cidade continua agitada
Parece que é apenas o inicio de uma noite
Ébrios gritam canções de amor
Enamorados se abrigam no mínimo intervalo de paredes
Fugindo de olhares indiscretos
Que flagram um instante de amor fugaz
Pessoas se entorpecem
Buscando uma forma rapida de fugir
E já são quase três da manhã...
Ainda existem pessoas nas calçadas
Não mais aquelas que passavam
Com toda pressa da volta pra casa
Ainda existem pessoas nas calçadas
Agora são aquelas que vivem na noite
Que vivem numa vida boemia
Ainda existem pessoas nas calçadas
E já são quase quatro da manhã...
Os carros ainda percorrem as ruas
Agora em menor quantidade
A rua já não está tão movimentada
Pelos amantes da noite
Estes já estão caidos pelos cantos
Ou entregues ao primeiro ponto
Ponto de acolhimento, de compreensão
O primeiro bar a ser encontrado
Que e justamente o que acolhe
E entregues ao primeiro realizar de desejo
Que a vida os oferecer
Todo aquele clima melancolico
Dá lugar a uma outra agitação
Uma agitação sem graça
Do dia-a-dia
Pois já são quase cinco da manhã...
E uma noite se passou
E eu dessa janela a observar
A ver a vida passar
Nem me dando conta do fato
De que ao mesmo tempo
Que passa a vida dos outros
A minha também está a passar
E já são quase seis da manhã...